A História
Quando falamos da Bíblia, falamos de uma coleção de livros. A Bíblia é
um conjunto de Escritos Sagrados, que chegou até nós atravessando
séculos por meio do povo judeu e pelos cristãos zelosos.
A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade, é a vontade de Deus
escrita, que contém o que o Senhor requer do homem, o que o homem
precisa ser e fazer para chegar até o Criador.
Está tudo revelado na Bíblia; o que o ser humano precisa é conhecê-la
pela fé, pois seu tema central é a salvação mediante a fé em Jesus
Cristo. Alguém disse certa vez: A Bíblia é Deus falando ao homem. Deus
falando através do homem, Deus falando como homem e Deus falando a favor
do homem; mas é sempre Deus falando .
A palavra Bíblia passou por grandes mudanças Bíblos era o nome de
uma antiga cidade Fenícia, famosa pela exportação de papiros. Deste
nome se originou a palavra Biblíon (livro) e mais tarde TÁ BIBLÍA
(os livros). O plural grego que determinava o nome Bíblia
transformou-se, no latim posterior, em nome feminino, singular, Bíblia
, o livro. E com este sentido foi transmitido para todas as línguas
modernas. Mas o conceito vem do hebraico SeFARAIM , empregado pela
primeira vez em Dn 9.2 ...Eu Daniel, entendi pelos livros... .
Os judeus que falavam grego traduziram TÁ BIBLÍA , designando, com
este termo, os livros canonizados como escritos sagrados do povo judeu.
Depois foi a vez da Igreja, a qual chama, tanto o Novo quanto o Antigo
Testamento, de TÁ BIBLÍA . O nome Bíblia foi aplicado às Escrituras,
originalmente por João Crisóstomo, grande pregador e patriarca de
Constantinopla (398-404 d.C).
Em que material foram escritas?
Tábuas de pedra: Inscrições ou textos eram entalhados em
pedras ou rochas. Sua superfície mais lisa ou tosca poderia ser coberta
com uma camada de emboço, antes de ser feita a inscrição, como acontecia
no Egito e sobre altares de pedra. Tabletes de pedra eram utilizados
para textos reais, comemorativos ou religiosos, ou ainda para cópias
públicas de editos legais como, por exemplo, o Código de Hamurabi.
Aparentemente mediam por volt de 45 cm de comprimento por 30 cm de
largura e eram utilizados para registrar, por exemplo, os Dez
Mandamentos (Êxodo 24.12). A palavra tábua provavelmente descreve a
forma retangular e não o tipo de material utilizado.
Papiro: É uma espécie de papel rudimentar, feito de folhas
extraídas de uma planta originária do Rio Nilo, que tem o mesmo nome, e
uma vez prensada servia como um tipo de papel. Mais tarde, esta técnica
aprimorou-se e apareceram os rolos de papiro. Sua utilização não é
mencionada diretamente no Antigo Testamento, embora seja comprovada sua
utilização, desde o século XI a.C, na Fenícia, na Assíria e Babilônia
desde o século VII a.C., e no Egito em todos os períodos. Entre os
achados de 1947 nas cavernas de Qumram foram encontrados papiros
pertencentes ao século II a.C.
Pergaminho: É empregado na forma de rolo desde o século XVII
a.C. Era feito de couro de animal curtido até ficar bem macio e era
deixado numa espécie de cal para que ficasse branco, servindo como
papel. Media uns 7 metros de comprimento. Quando colados ou costurados,
chegavam a medir até 20 metros. Peles de cabras e ovelhas podiam ser
facilmente obtidas pelos israelitas e o uso que faziam desse material,
para cópias posteriores de textos bíblicos, comprova que já o usavam
desde tempos remotos.
O livro , no Antigo Testamento, tinha forma usual de rolo, feito de
papiro ou pergaminho e o texto era escrito por dentro, podendo
continuar no verso. Por volta do século II d.C., o rolo começou a ser
substituído pelo códice, uma coleção de folhas de material de escrita
dobradas e costuradas em uma extremidade, freqüentemente protegidas por
capas. Este caderno de papiros ou pergaminhos era largamente usado
nas comunidades cristãs para registrar textos do Antigo e Novo
Testamentos.
A Bíblia como escritura, aparece mais tarde na História,
porém, como mensagem oral, é muito antiga. A oralidade é a forma de
narrar ou contar algum feito, muito usada pelos israelitas nos primeiros
séculos de sua existência como nação; a palavra era muito significativa
e se tornara, posteriormente, o que hoje chamamos de livro.
Os manuscritos
Os manuscritos existentes podem ser divididos da seguinte maneira:
1 Manuscritos hebraicos do Antigo Testamento
Os mais antigos têm data de 100-150 a.C e foram encontrados nas
cavernas de Qumram no ano de 1947, os quais trouxeram valiosos
testemunhos para os escritos bíblicos.
2 Manuscritos Gregos do Novo Testamento
Os mais antigos têm data do terceiro século d.C.
3 Manuscritos Gregos do Antigo Testamento
Conhecidos como a Septuaginta, ou a versão dos LXX foram traduzidos
do hebraico por volta de 277 a.C. Também são datados do quarto século.
4 Antigas traduções da Bíblia Em Siríaco, Latim, Alemão e outros idiomas de várias datas.
Não se pode negar a dívida de gratidão que temos para com os judeus
pelo extremo cuidado na preparação e preservação dos manuscritos do
Antigo Testamento e pelas regras que eles exigiam de cada escriba,
algumas das quais são: o pergaminho tinha de ser feito da pele de
animais limpos; não somente as palavras, mas cada letra deveria ser
contada e destruída logo em seguida e caso, a folha contivesse erro.
Cada cópia deveria ser feita de um manuscrito autêntico e com tinta
negra preparada de maneira especial. Pronunciavam cada palavra em voz
alta antes de escrevê-la; em caso algum podiam escrever de memória. Os
escribas precisavam limpar suas canetas antes de escrever o nome de Deus
e banhar o corpo inteiro antes de escrever a palavra Jeová .
Em vista deste cuidado extremo da parte dos judeus para preservar
perfeitas as Escrituras Sagradas, podemos ter plena confiança de que
Deus tem guardado Sua palavra Durant os séculos, desde 1500 a.C., quando
Moisés escreveu as primeiras leis (ex 24.4) até o último escrito de
João (cerca de 100 d.C). Os manuscritos do Novo Testamento também foram
copiados, com muito cuidado pelos cristãos dos primeiros séculos.
A Bíblia possui quarenta escritores, entre os quais reis, príncipes,
poetas, filósofos, profetas e estadistas. Oriundos de diversas classes
sociais, alguns eram instruídos em todos os estudos da época, enquanto
outros eram pescadores sem cultura. Apesar de possuir vários escritores
de classes diferentes, instruções diferentes, de tempos diferentes ela
não se contradiz em nenhum momento, pois havia um único cérebro
comandando e inspirando seus escritores que foi Deus o único autor da
Bíblia.
As Escrituras Sagradas, como um todo, são verbalmente inspiradas por
Deus, portanto infalíveis e única regra de fé e conduta do cristão na
face da terra.
Por maiores que sejam nossos conhecimentos intelectuais, científicos,
filosóficos e históricos, a Bíblia está acima de todos, e nada a pode
substituir.
A inspiração divina é o que faz a diferenciação da Bíblia em relação
aos demais livros: é o mais vendido, o mais lido, o mais traduzido, o
mais antigo e, entretanto, o mais atual.
A razão humana, a Igreja e a Palavra de Deus são os 3 tipos básicos de autoridade religiosa, nesses tempos modernos.
Atualmente, a razão humana, talvez, tem se destacado como a principal
forma de autoridade. Precisamos agir com razão e intelecto, mas quando
isso digladia a autoridade da Palavra, torna-se racionalismo, e não
podemos querer que nossa vida seja regida por autoridade racionalista
humana, mas sim pelo próprio Deus.
É claro que neste artigo não temos a pretensão de nos aprofundar na História
da Bíblia nem em sua divisão dos seus 66 Livros. Sendo 39 do antigo
testamento e 27 do Novo Testamento; sem contarmos é claro com os Livros
Apócrifos (não canônicos), como por exemplo: Tobias, Judite, Livros de
Macabeus. Nosso desejo é dar uma tênue idéia da sua Origem.
Leitor, nunca esqueça! Se o texto bíblico foi escrito mediante a
inspiração de Deus, a leitura de sua Palavra não pode ser um exercício
mecânico e desinteressado.
Fontes:
http://www.webartigos.com/
Instituto Betel de Ensino superior
Instituto Teológico Carisma
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